Cabulei. Resolvi o meu teste de Filosofia de Nietzsche de forma desonesta. Não estou arrependido. Afinal quem nunca fez cábulas? Desde um sinal na mão para ajudar a refrescar a memória, a livros inteiros reduzidos a um papelinho, acho que a maior parte das pessoas já utilizou os seus "auxiliares de memória"...
As cábulas, tal como a ciência, estão em constante mudança, desenvolvendo sempre novas técnicas de uso e de fabrico. Eu admiro os Homens das Cavernas no que diz respeito a esta área: devia ser muito difícil, já para não dizer trabalhoso, esculpir uma pedra plana de 20 Kg para ser usada como cábula... Mas o que interessa é que o esquema resulte.
Há uns tempos atrás assisti a um documentário sobre professores e alunos que falava sobre a "arte de cabular". Segundo um dos professores a técnica mais original que tinha conhecimento (porque o aluno no final do semestre lhe confessou, por cortesia) tinha sido o rótulo de uma garrafa de água impresso com a matéria necessária para o teste. E eu penso cá para mim, se este aluno tivesse o mesmo empenho nos estudos como tem em cabular, seria um aluno de 20.
Sinceramente, esta não foi a primeira vez que fiz cábulas, mas acho que também não vai ser a última. Não é por necessidade, mas sim pela questão de me "poupar" para não estudar certas matérias entediantes, que podem prejudicar o meu raciocínio e a minha saúde mental (leia-se: perguicite).
Umas vezes resultam, outras vezes nem por isso. Hoje tive sorte.