domingo, abril 02, 2006

Uma noite igual às outras...

É estranho chegar aos 20 anos e estranhar a noite. É uma sensação estranha começar a achar todas as noites iguais, noites essas que deveriam ser de festa e de grande agitação...
Vou tentar descrever uma noite numa discoteca. No caso dos homens, a acção começa à entrada: o olhar "olhos nos olhos" dirigido ao segurança, pensando «Deves ser muito forte tu... Tens é a mania, é o que é... Boi!». Partindo do princípio em que entramos na discoteca, sem levar um tiro ou um soco nos dentes porque pensámos alto, dizemos para nós próprios «hoje não vamos abusar... é só um copito!» e começa agora a fase de adaptação ao ambiente.
Deambulamos pela discoteca, cumprimentando este e aquele, até encontrar o balcão das bebidas mais acessível e, de preferência, com mais mulheres à sua volta. A noite promete.
Súbitamente, enquanto disfrutamos da nossa cervejinha, reparamos num grupo de raparigas que está a dançar perto dali. Estabelecemos contacto visual com uma delas. Ela responde ao nosso olhar malandro e pensamos: «Hãhã... Já cá cantas!». Tal como um leão que espera a sua presa, aguardamos pacientemente a oportunidade certa. Ela olha para nós e dirige-se ao balcão: chegou o momento. Tomamos a iniciativa de lançar um «Olá» e trocar algumas palavras. Oferecemos-lhe uma bebida... Ela aceita. Continua a conversa. Pagamos mais um copo. Tudo está a ir num bom caminho. Nisto, aparece aquele amigo com um mau sentido de timing, a cair podre de bêbado que se dirige a nós e diz qualquer coisa do tipo: «Tás aqui pá? Então o que é que pagas? E já agora quem é a tua amiga que é bem jeitosa?». Pagamos um copo ao amigo numa tentativa de o despachar, mas o destino cruel acaba por contrariar a nossa vontade: a rapariga fica-se pelo «até já», vai ter com as amigas e nós ficamos a aturar a alcoolémia do nosso amigo. Acompanhando a presente frustração, decidimos beber mais um pouco. Copo após copo, chegamos à 1ª ida à casa de banho. É rápida, eficiente e sem problemas. Encontramos outro amigo na casa de banho, que já não víamos há bastante tempo, e acompanhamo-lo ao balcão para mais uma bebida. Mais uns copos e começamos a sentir o corpo a ficar mais leve. De um momento para o outro, a pista parece estar cheia de moças jeitosas. Começamos a sentir o ritmo da música e soltamos o nosso "woo! woo!"... Depois de uma hora, chega a 2ª ida à casa de banho, desta vez mais atrapalhada e mais demorada... Voltamos para junto dos amigos. Estão todos alegres, dançando, fazendo palhaçadas, comentando este e aquele rabo apetitoso. Vemos a rapariga que conhecemos há pouco com o seu ar sexy e selvagem. Pensamos em deslocar-nos até ela, quando a vemos a abraçar-se a um tal de Carlão, rapaz conhecido pelo seu sucesso entre as mulheres. Inúmeros adjectivos vêm-nos à cabeça. O nosso amigo, com mau sentido de timing, desta vez acerta no momento certo e leva-nos ao balcão para uma rodada. Mais uma ou duas horas que passam e estamos completamente embriagados. Chega a nossa última ida à casa de banho. Como que num cenário de catástrofe, a casa de banho está completamente inundada, com rolos de papel higiénico espalhados pelo chão, mas entramos alegremente. Escolhemos o único urinol que não está partido e fazemos o nosso serviço. Olhamos para trás e vemos o Carlão a vomitar debruçado sobre a retrete com o seu companheiro e fiel seguidor a dizer a seu lado com um profundo sentimento de admiração: «Este Carlão é o maior pá!». Saímos com ar de gozo e voltamos ao bar para a última bebida. Voltamos para junto dos amigos. De copo na mão olhamos para a mesma rapariga de há pouco com alguma esperança... Ela repara em nós, mostra-nos aquele sorriso contrariado e solta aquele olhar «Há pouco ainda pensava duas vezes, mas agora encontrei melhor». O Carlão entra novamente em cena, agarra-a por trás e beija-a, marcando o seu território. Mais uma vez, soltamos um ar de gozo.
É tarde, estamos completamente alucinados, vamos embora... Depois de meia hora na fila de pagamento e de pagar bastante porque somos homens (assim devemos pagar um cartão duplamente mais caro do que uma mulher... Ainda não descobri porquê!) saímos finalmente da discoteca, cambaliando, carregando o nosso amigo aos ombros...
É assim a vida nocturna: uma vida dura, umas vezes temos sorte, outras nem por isso... Mas sem ela, o que é que faríamos? Onde é que iríamos gastar os nossos anos de juventude?!

8 comentários:

Anónimo disse...

oh pah... sao assim as tuas noites??????? lol k degredo... :x
so nao gostei dakela parte de teres k pagar cartão duplament + caro k as mulheres, es sp a mma coisa... maxista do ca***** :pp
mas ya ta uma boa descrição...lol :D
beijooo*

Johnny Bala disse...

Caso não tenhas reparado, o nosso cartão é mesmo mais caro, não é ser machista, é ser realista... ;o)

Anónimo disse...

lol Sara tenho que concordar com o joao.... :P e mmo mais caro! se calhar n xega ao dobro mas e sp mais caro... 2 fds atras elas pagavam 3.5€ nos 8.5€...!
opah n me importo mto pk normalmente bebo sp mais que o consumo mas que e ridiculo e...

Anónimo disse...

"Este Carlão é o maior!!!" Hummm... n sei n... ja n é a 1a vez k falas dele... mt estranho... lol
espero bem k as nossas noites comecem a ser mais animadas...
abç

Anónimo disse...

poix,o julio tem razao...andas a falar mt no carlao!n sei n...;) isto tudo parece-m uma crise d idade joão,os 20 anos ja começam a pesar?! lol d kk maneira temos k ver s arranjamos maneira d melhorar as tuas noites...sem segundas intençoes claro!! ;) bjo*

Anónimo disse...

Infelizmente já tive alguns "Carlões" na minha vida...! temos pena!

Anónimo disse...

Realmente, eu kd li ali Carlão, pensei: outra vez o Carlão, ainda por cima Carlão.. sem kerer duvidar da tua sexualidade, mt pelo contrário.., conheço dois Carlos k são uns grandes cowboys, oh si!

Anónimo disse...

LOL!!!! oh phex... mas que isso?! :D
tenho que te por juizo ou que? *