Caça aos downloads: Eu discordo, e tu?

- - PJ «à caça» de downloads ilegais - -

A Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) anunciou esta terça-feira que foram apresentadas 28 queixas-crime contra utilizadores portugueses dos serviços ilegais de partilha de ficheiros.(...)

As queixas-crime são contra desconhecidos e foram entregues à Polícia Judiciária (PJ), que iniciará agora as investigações de modo a identificar os prevaricadores. Eduardo Simões, director-geral da AFP afirmou que, embora os utilizadores estejam protegidos por um aparente anonimato, «a PJ tem os meios adequados» para essa identificação.

Eduardo Simões adiantou ainda que os 28 utilizadores visados por esta acção única em Portugal «partilhavam dezenas de milhares de músicas de géneros sem qualquer sequência ou sentido». Kazaa, BearShare, eDonkey/eMule, DirectConnect, Bit Torrent, WinMX e SoulSeek são alguns dos serviços de partilha de ficheiros via Internet (os chamados Peer-to-Peer - P2P) que foram investigados no decorrer desta acção.

Na conferência de imprensa desta terça-feira, no Fórum Telecom, moderada por David Ferreira, presidente da AFP, esteve presente John Kennedy, presidente e director-geral da IFPI, que alertou para a urgência na tomada de medidas que previnam o declínio da indústria discográfica em Portugal, extremamente afectada pelo download e partilha ilegais de ficheiros de música. Segundo a AFP, esta indústria sofreu uma quebra de 47 por cento entre 2000 e 2005.

«Mas os CD estão cada vez mais caros!...»
David Ferreira falou também noutra das questões que rodeiam a pirataria digital: o preço dos discos em Portugal. Segundo dados da AFP, a ideia de que os CD estão cada vez mais caros é puramente falsa. Por exemplo, no que respeita aos CD de novidades, os preços desceram consideravelmente desde 1993, passando dos 9,58 euros para os actuais 8,47 euros (preço das editoras às lojas).
Eduardo Simões realçou ainda o facto da partilha ilegal de ficheiros na Internet ser considerada um crime tão grave como o roubo de um CD numa loja. Foi também chamada a atenção, por parte de John Kennedy, para o valor médio das indemnizações pagas pelos utilizadores em falta, que ronda os 2.600 euros. (...)

PortugalDiário

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Discordo completamente desta "caça" aos downloads e digo apenas downloads, e não "caça à pirataria". Os direitos de autor são infringidos quando uma música, por exemplo, é difundida publicamente sem qualquer licença da respectiva entidade, o que não acontece quando estamos a ouvir música dentro de casa, para nosso entretenimento pessoal. Também não estamos a fazer cópias para vender pelo que, se fosse esse o caso, concordaria que este tipo de atitude fosse tomada.

Mas pensando melhor nisto, não será a partilha de ficheiros uma boa maneira de difundir o sucesso dos respectivos autores? Eu já fiz downloads de músicas de autores cujos CDs nem existem em Portugal e duvido que muita gente os conheça neste país sem ser pela partilha de ficheiros...

Além disso, os acessos à internet são pagos, e bem pagos, o tráfego de download que é feito é pago ao Mbyte: será justo pagar duas vezes pelo mesmo tráfego? Não me venham com tretas. Porque é que a AFP não pensa em levar uma comissão simbólica daquilo que já pagamos para ter uma conta ADSL? (aqueles 35 euros dados à PT, que pesam bastante na nossa carteira poderiam ser mais bem encaminhados!). Se esta situação piorar, prefiro cancelar o meu contracto ISP e voltar para o meu modem analógico de 56K. Para quê ter Net super rápida com todas aquelas vantagens que são "oferecidas", se depois são impostos limites, não nos deixando usufruir das mesmas?

Mas enfim, tudo isto tem uma resposta: O governo precisa de dinheiro.

Para os interessados, fiz uma pesquisa na NET sobre os contactos da AFP:

AFP - Associação Fonográfica Portuguesa

Rua Augusto dos Santos, n.º 2 - 4º1000 Lisboa

Tel: 21 352 91 89

Fax: 21 314 73 25

E-mail: afport@mail.telepac.pt

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Quem quiser entrar em contacto com a Associação Fonográfica Portuguesa para lhe chamar nomes feios, dizer coisas grosseiras ou mandá-los "dar uma volta ao bilhar grande" , esteja à vontade... AFP! Também podiam ter escolhido um nome cujas siglas não tivessem sentidos dúbios.